Você já ouviu falar em presbiacusia? Essa é uma condição pouco conhecida relacionada com a nossa saúde auditiva. A sensação de que ouve, mas não escuta. É possível, inclusive, que você ou alguém da sua família já sofra com esse problema sem tê-lo identificado. Saiba mais a respeito do assunto a seguir!
O que é presbiacusia?
A presbiacusia é uma das causas mais comuns de perda auditiva, principalmente em pessoas da terceira idade. Ela se caracteriza como uma alteração nas estruturas do sistema auditivo decorrente do envelhecimento. Assim como o nosso corpo sofre mudanças com o passar do tempo, o mesmo acontece com a nossa audição.
Em condições normais, o ser humano ouve normalmente os sons que estejam em uma frequência entre 20 Hz e 20.000 Hz. Contudo, na fase adulta, já é relativamente comum que algumas pessoas não consigam mais escutar sons que estejam acima de 15.000 Hz.
Quando a pessoa é afastada pela presbiacusia, ela quase não ouve os sons acima de 2.000 Hz. Conforme a idade vai aumentando, as frequências mais baixas também passam a ser atingidas, assim, fica cada vez mais difícil compreender a voz humana, já que ela fica na faixa de 50 a 3400 Hz.
É justamente por isso que muitas pessoas que sofrem de presbiacusia costumam contar que até são capazes de ouvir quando alguém está falando. Por outro lado, não conseguem entender o que está sendo dito com clareza, porque a perda auditiva aconteceu em frequências mais altas.
Fatores que potencializam a perda auditiva
Em essência, a presbiacusia está associada ao envelhecimento. No entanto, existem fatores de risco que podem acelerar o surgimento de uma perda auditiva. Entre os mais comuns, podemos destacar:
- Uso crônico de determinados medicamentos;
- Hipertensão arterial;
- Diabetes;
- Tratamento de quimioterapia;
- Uso de algumas substâncias, como tabaco, cocaína e outras drogas;
- Traumas;
- Infecções de ouvido frequentes e não tratadas.
Quais são os tipos de perda auditiva?
Perdas auditivas são muito individuais, elas podem ser de vários tipos e graus,. Veja abaixo.
- Neurossensorial: É o tipo mais comum, principalmente nos quadros de presbiacusia. Nessa categoria, a pessoa não só começa a apresentar dificuldades para ouvir sons agudos e mas também a conseguir compreender o que é dito em ambientes que estejam um pouco barulhentos. É nesse caso que a sensação de “ouvir, mas não entender” se apresenta. O que leva à perda neurossensorial é a morte de células na cóclea, órgão da audição, e essa condição não pode ser revertida anatomicamente;
- Condutiva: Nessa categoria de perda auditiva, as estruturas físicas da orelha média ou interna apresentam alguma alteração de funcionamento e não são capazes de enviar o som ao órgão da audição, a cóclea. Em alguns casos há correção cirúrgica;
- Mista: Por outro lado, quando as duas condições estão presentes: algum componente físico da estrutura da orelha não funciona apropriadamente e as células da cóclea não respondem mais em determinada região. Neste tipo, além de falta de clareza de fala, o paciente sente necessidade de mais intensidade em todos os tipos de som.
Independente de apresentar um quadro de presbiacusia ou de perda auditiva originária de outras causas, o mais importante é saber que essa pessoa não precisa abrir mão de tudo que a audição proporciona.
Não precisa desistir de ter boas conversas, de se encantar com a risada de uma criança ou de ouvir a sua música favorita. Pois os aparelhos auditivos costumam resolver muito bem esse problema, e de maneira confortável.