Com o passar do tempo, muitas pessoas começam a sentir os efeitos da idade e apresentam falhas na audição. Ou até mesmo outras situações levam a isso, como uma doença ou trauma. Um destes problemas é a perda auditiva neurossensorial, conhecida também como surdez sensorioneural.
Esta situação se tornará mais comum do que se imagina, já que de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), 1 em cada 4 pessoas terá problemas auditivos até 2050. Pelo menos 700 milhões precisarão de acesso a cuidados na audição. No Brasil, mais de 2 milhões de pessoas têm algum problema.
Dentre eles, com certeza, muitos poderão desenvolver a perda auditiva neurossensorial. Quer saber mais sobre esta condição? Acompanhe conosco neste post!
O que é perda auditiva neurossensorial?
A perda auditiva neurossensorial afeta a parte interna da orelha, nas chamadas células ciliadas ou no nervo auditivo. Vale se atentar que o nosso sistema tem a orelha externa, a média e a interna.
A externa é a parte visível da orelha, além do canal auditivo, enquanto a média é formada pelos pequenos ossos — martelo, bigorna e estribo — e a parte interna é onde se encontram as células e o nervo auditivo.
A função destas células é converter as vibrações geradas no tímpano em impulsos elétricos que são enviados para o cérebro. É o nervo auditivo que faz esse canal de comunicação da orelha e cérebro.
Quando há lesão ou até mesmo o envelhecimento natural destas células, ocorre a perda auditiva neurossensorial. Assim, o processo terá menor transferência de vibrações em impulsos elétricos, afetando a audição. Este tipo de problema ocorre tanto em apenas uma das orelhas ou nas duas, chamando de perda unilateral ou bilateral. A causa pode ser:
- envelhecimento natural;
- exposição a ruídos sem proteção;
- doenças, como meningite, esclerose múltipla e malformação do ouvido interno;
- diabetes;
- traumas;
- perda auditiva congênita.
Quais os sintomas da perda auditiva?
Esta pergunta pode até parecer simples, já que o principal sintoma é a perda auditiva. Entretanto, esta surdez sensorioneural também tem outros sinais que podem chamar atenção da pessoa que está desenvolvendo o problema, como:
- sensação de zumbido;
- aumentar o som de aparelhos acima do costume;
- dificuldade de ouvir conversa em lugares com ruído;
- não conseguir identificar a direção do som;
- sensação de ouvido entupido;
- problemas em seguir conversas em grupo.
É claro que os sintomas podem variar em cada caso, dependendo também da gravidade da lesão na célula ou no nervo. Além disso, alguns sinais são mais claros quando a perda é unilateral, como o de não identificar a direção do som.
Quais os tratamentos para a perda?
Quando a perda auditiva neurossensorial é diagnosticada, ela é irreversível na maioria dos casos. Apesar de não ter uma cura, existem maneiras de retardar e melhorar a audição da pessoa, trazendo qualidade de vida e mantendo integrada à sociedade.
Uma dessas maneiras é com os aparelhos auditivos, que são os equipamentos eletrônicos que vão ampliar as ondas sonoras para que cheguem às células e, assim, a pessoa consiga ouvir melhor. Ele é formado por microfone, amplificador e receptor, que se adequam para cada grau de perda do paciente.
Agora, no mercado existem vários tipos de aparelhos, desde os mais discretos, que vão no interior do canal auditivo, até os mais potentes, para perdas severas.
Além dos aparelhos auditivos, outra maneira de tratar a perda de audição é com o implante coclear. Entretanto, ele tem a indicação para perda severa à profunda ou então para pessoas que não se adaptam aos aparelhos. Dessa maneira, o implante fará as funções das células ciliadas, imitando a sensação sonora para ser enviada ao nervo auditivo.
O implante coclear tem o dispositivo que fica na parte externa da orelha e uma unidade interna. O lado visível do aparelho tem a missão de captar os sons do ambiente e enviar para o processador, que fica na parte interna. Depois, os eletrodos do aparelho estimulam o nervo auditivo, que envia a mensagem para o cérebro.
Diagnóstico da perda auditiva neurossensorial
Você viu neste texto sobre a perda auditiva neurossensorial, os sintomas e como é feito o tratamento. Agora, para diagnosticar o problema, o otorrinolaringologista fará exames clínicos e outros, como a audiometria.
Esperamos que este conteúdo tenha ajudado você a entender melhor sobre a perda auditiva. Aliás, se você quiser saber mais sobre esta condição, como se ela tem cura, confira este texto que temos em nosso blog!