Quem tem familiares na terceira idade, com certeza já se perguntou se idosos podem morar sozinhos, não é mesmo?
Afinal, é muito comum nos preocuparmos com quem amamos e termos inseguranças se, com a idade mais avançada, eles estão aptos a ter uma rotina normal, sem precisar de ajuda diária.
Pensando nisso, reunimos aqui tudo o que você precisa saber sobre essa temática, para que se sinta seguro sobre qual decisão faz mais sentido para você e sua família. Confira!
Quais são os direitos do idoso?
Primeiramente, antes de discutir a possibilidade de deixá-los seguirem independentes ou se é necessário contratar alguma ajuda especializada, é importante estarmos atentos à Lei 10.741/2023, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso e deixa claro os direitos fundamentais, que são:
- direito à vida;
- direito à liberdade, ao respeito e à dignidade;
- direito à alimentação;
- direito à saúde;
- direito à educação, cultura, esporte e lazer;
- direito à profissionalização e ao trabalho;
- direito à previdência social;
- direito à assistência social;
- direito à habitação;
- direito ao transporte.
É essencial que eles tenham acesso a todos esses direitos, caso contrário, pode constituir abandono e/ou maus tratos de idosos, que são crimes gravíssimos.
Como esse é apenas um breve resumo, você pode conferir nosso artigo mais completo em relação a alguns desses direitos clicando aqui.
Será que os idosos podem morar sozinhos?
O artigo 37 do Estatuto do Idoso fala que as pessoas acima de 60 anos têm direito a ter uma moradia digna, sendo acompanhadas ou não por seus familiares, em uma instituição pública ou privada.
Sendo assim, o idoso que estiver saudável e em estado de plena consciência pode e deve decidir se quer viver sendo acompanhado ou não.
Essa regra só muda na hipótese da capacidade de raciocínio e poder de decisão do idoso estarem prejudicadas devido a idade ou alguma doença, cenário que não permite que ele more sozinho, sem assistência da família ou de um profissional da saúde.
Por isso, é fundamental que a família esteja sempre atenta à saúde do idoso para o caso de precisar interferir, porém, o desejo e a escolha do idoso são igualmente importantes e não devem ser negligenciados.
Em suma, não cabe à família expropriar o idoso de suas decisões, entretanto, é obrigação moral e legal dos familiares e responsáveis ajudar caso ele (ou ela) não esteja apto a cuidar de si mesmo sozinho.
Existe um limite de idade recomendado para os idosos morarem sozinhos?
Essa resposta é muito particular, pois depende totalmente do estado em que cada idoso se encontra.
Para averiguar de maneira correta, é preciso ficar próximo e conviver o máximo possível durante um período de tempo, além de fazer visitas frequentes para que seja mais fácil notar qualquer problema na locomoção, cognição ou na execução das atividades diárias.
Leve em consideração alguns fatores, como por exemplo:
- alimentação;
- higiene;
- saúde física, mental e emocional;
- surgimento de sintomas preocupantes;
- comportamentos diferentes do usual;
- independência financeira;
- autonomia de deslocamento;
Mas, de forma geral, é muito simples averiguar se o idoso pode morar sozinho com conforto e tranquilidade e, se você não sentir segurança o suficiente para deixá-lo viver sozinho, contratar uma pessoa para auxiliar nas atividades de casa pode ser uma solução.
O importante é sempre ter um diálogo aberto e validar as opiniões de quem você ama, preservando o afeto, carinho e confiança entre vocês.
Conclusão
No artigo de hoje, falamos um pouco sobre fatores que devem ser levados em consideração antes de determinar se idosos podem morar sozinhos ou não.
Resumindo, se o idoso é capaz de se cuidar, considerando o seu bem-estar e integridade física e emocional, não há necessidade de ter alguém 24h por perto, embora visitas frequentes façam muito bem à saúde mental de qualquer pessoa, não é mesmo?
Mesmo assim, é muito importante estar atento a sinais incomuns, como por exemplo, a perda de audição, que acontece com frequência após os 60 anos de idade.
Inclusive, neste nosso artigo, sobre como identificar sintomas de perda auditiva na melhor idade e o que pode garantir maior qualidade de vida nessa situação. Confira!