Você sabia que existem diferentes graus de perda auditiva? A boa notícia é que, para a maioria dos casos, já existem tratamentos capazes de recuperar a qualidade de vida da pessoa.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2,5 bilhões de pessoas deverão ter algum grau de déficit auditivo em 2050 e, dessas, pelo menos 700 milhões vão precisar de tratamentos de reabilitação.
Dessa forma, é muito importante entender quais são os graus de perda auditiva, os sintomas de cada um e como identificá-los. E é justamente sobre isso que a Binaural vai falar neste artigo. Acompanhe com a gente!
Quais são os graus de perda auditiva?

Assim como há diferentes tipos de perda auditiva – condutiva, neurossensorial e mista -, também existem classificações distintas com relação ao grau do déficit na audição. São elas: leve, moderada, moderadamente severa, severa e profunda.
A unidade de medida usada para quantificar a intensidade de um ruído, ou seja, o volume produzido por um determinado som, é o decibel (dB). Como essa medição é fundamental na hora de determinar o grau da perda auditiva, vamos ver agora uma tabela com exemplos de ruídos comuns do nosso dia a dia:
Exemplo | Nível de ruído médio |
Pessoa cochichando | 10 dB |
Conversa normal | 20 dB |
Barulho de escritório | 50 dB |
Trânsito intenso | 80 dB |
Buzina de automóvel | 100 dB |
Concerto de rock | 110 dB |
Turbina de avião | 120 dB |
Agora que você já tem uma noção da quantidade de ruído emitido por cada som, ficará mais fácil entender os graus de perda auditiva. Confira abaixo.
1. Perda auditiva leve

A pessoa tem dificuldade para ouvir sons que estejam abaixo dos 25 dB (limiar auditivo entre 26 e 40 dB). Sendo assim, ela pode não conseguir escutar direito conversas em tom baixo ou quem estiver falando muito longe dela.
2. Perda auditiva moderada
Um pouco mais grave, compromete a escuta de sons abaixo dos 40 dB (limiar auditivo entre 41 e 55 dB). Dessa forma, fica difícil entender conversas em tom normal e falas de pessoas que estiverem distantes, principalmente em ambientes com ruído externo.
3. Perda auditiva moderadamente severa

Nesta fase, o uso do aparelho auditivo já se torna essencial. Sem ele, a pessoa só tem capacidade de ouvir ruídos entre 56 e 70 dB e, para se comunicar, precisa pedir para que falem alto.
4. Perda auditiva severa
Quando chega ao grau severo, a pessoa apenas consegue ouvir sons entre 71 e 90 dB. Assim, só será possível escutar falas gritadas, amplificadas pelo aparelho e muito próximas do ouvido. Além disso, conversas ao telefone ficam extremamente difíceis.
5. Perda auditiva profunda

Aqui ela tem dificuldade para ouvir a maioria dos sons, mesmo amplificados. Escuta apenas ruídos extremamente altos, acima dos 91 dB. Dessa forma, é comum utilizar leitura labial ou linguagem de sinais na comunicação.
Como identificar o grau de perda auditiva?

O primeiro passo para identificar o grau de perda auditiva é agendar uma consulta com o médico otorrinolaringologista assim que perceber os sintomas descritos acima. No caso dos recém-nascidos, é possível fazer o diagnóstico precoce por meio do teste da orelhinha, ainda na maternidade.
O otorrino irá fazer uma avaliação prévia do paciente no consultório e, se for necessário, solicitará exames, que deverão ser feitos por um fonoaudiólogo.
Dentre os exames para esse objetivo, o principal é o da audiometria tonal, um procedimento rápido, fácil e totalmente indolor. Nele, o paciente entra em uma cabine com isolamento acústico e coloca o fone de ouvido, por onde receberá sons de várias frequências (agudos e graves) e volumes diferentes.
Quando a pessoa ouvir o som, ela deverá levantar a mão e confirmar ao fonoaudiólogo. Assim, ao final do teste, o resultado é mostrado no audiograma – um gráfico que revela o limiar auditivo da pessoa, ou seja, a menor intensidade de som que ela é capaz de ouvir em cada um dos ouvidos, com base em duas referências: nível de audição em decibel (dbNA) e frequência do som (em Hertz).

Dessa forma, com o audiograma, o profissional conseguirá definir com precisão o grau da perda auditiva do paciente e indicar, se necessário, o uso do aparelho auditivo.
Graus de perda auditiva: importância do uso de aparelhos auditivos

Neste artigo, a Binaural te mostrou os diferentes graus de perda auditiva – leve, moderada, moderadamente severa, severa e profunda -, os conceitos de cada um e como identificá-los.
É importante lembrar que, nos casos em que o médico indicar o uso do aparelho auditivo, é extremamente importante que a pessoa realmente use o dispositivo, porque só assim terá a sua qualidade de vida de volta. Além disso, os aparelhos estão cada vez menores, mais discretos e tecnológicos.
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