Saber quais as doenças que podem ocasionar a perda auditiva é um passo importante quando o assunto é prevenção e manutenção da saúde auditiva. Afinal, a audição é um dos nossos sentidos mais importantes, pois nos permite a comunicação e a interação com o mundo ao nosso redor.
Infelizmente, diversas doenças podem afetar a audição, levando à perda auditiva. A boa notícia é que muitas dessas condições podem ser prevenidas ou tratadas, especialmente se identificadas de forma precoce.
Pensando nisso, reunimos neste artigo algumas das principais patologias que podem causar perda auditiva e dicas de como você pode se prevenir. Continue a leitura para conferir!
Graus de perda auditiva
Antes de falarmos sobre as doenças que podem causar perda auditiva, é importante entender que a perda auditiva pode ser classificada em diferentes graus. São eles:
- Leve: quando existe dificuldade em ouvir sons mais suaves, com níveis de fala abaixo de 40 dB.
- Moderada: quando a pessoa tem dificuldade em ouvir sons mais altos, com níveis de fala entre 40 e 70 dB.
- Severa: quando quase não é possível ouvir a fala, mesmo quando é amplificada, com níveis de fala entre 70 e 90 dB.
- Profunda: quando a pessoa não consegue ouvir sons muito altos e tem dificuldade em perceber a fala, mesmo quando é amplificada, com níveis acima de 90 dB.
Além disso, a perda auditiva pode afetar diferentes frequências de sons. Dessa forma, o déficit auditivo pode ser de alta frequência, baixa frequência ou afetar todas as frequências de forma igual.
A perda auditiva de alta frequência afeta principalmente as frequências agudas, como as dos sons das consoantes, enquanto a perda auditiva de baixa frequência afeta as frequências graves, como as dos sons dos instrumentos musicais graves.
Também é importante lembrar que a perda auditiva pode ser reversível ou irreversível, dependendo da causa e da gravidade. Porém, o tratamento adequado pode ajudar a melhorar a audição e a qualidade de vida dos pacientes.
Principais sinais de perda auditiva
Os sinais de perda auditiva podem variar dependendo do grau e da causa da condição, mas alguns dos sinais mais comuns incluem:
- dificuldade em ouvir a fala em ambientes barulhentos;
- pedir frequentemente para que as pessoas repitam o que foi dito;
- aumento do volume da televisão ou do rádio;
- dificuldade em compreender palavras específicas.
Então, se você ou alguém que você conhece está apresentando esses sinais, é importante buscar uma avaliação auditiva para identificar um possível diagnóstico de doenças que podem ocasionar a perda auditiva.
Quais as doenças que causam a perda auditiva?
Doenças auditivas
As doenças auditivas são aquelas que afetam diretamente o sistema auditivo, como a otosclerose e a presbiacusia. A otosclerose é uma doença que afeta o osso do ouvido médio, levando à perda auditiva progressiva. Já a presbiacusia é a perda auditiva relacionada à idade, que afeta principalmente a capacidade de ouvir sons agudos.
Além dessas doenças, outras condições auditivas — como a síndrome de Usher e a doença de Alport — podem afetar a audição.
Outras doenças
Dentre as condições médicas que também podem afetar a audição, destacamos a diabetes e a hipertensão. Enquanto a diabetes pode afetar os vasos sanguíneos e nervos do ouvido — causando danos à audição —, a hipertensão pode levar ao endurecimento das artérias, afetando o fluxo sanguíneo para o ouvido interno.
Além disso, algumas infecções, como a meningite e a rubéola congênita, podem causar danos ao sistema auditivo, levando à perda auditiva. Ou seja, é fundamental estar atento a essas condições e buscar ajuda médica assim que perceber qualquer sinal de perda auditiva.
Tratamentos para perda auditiva
Felizmente, existem diversos tratamentos disponíveis para a perda auditiva, que variam de acordo com o grau e a causa da condição.
O uso de aparelhos auditivos é o tratamento mais comum para pessoas com perda auditiva leve a moderada, já que eles são dispositivos capazes de amplificar os sons e que podem ser ajustados de acordo com as necessidades auditivas de cada pessoa. Existem diversos tipos de aparelhos auditivos, desde os modelos mais simples até os mais avançados, que oferecem recursos como conectividade Bluetooth e cancelamento de ruído.
Já para pessoas com perda auditiva mais severa, os implantes cocleares são uma opção de tratamento. Eles são dispositivos eletrônicos que são implantados cirurgicamente e estimulam o nervo auditivo diretamente, permitindo que a pessoa ouça sons de forma mais clara.
Geralmente, os implantes cocleares são indicados para pessoas com perda auditiva profunda e são ajustados de acordo com as necessidades auditivas de cada paciente.
Além dos aparelhos auditivos e dos implantes cocleares, existem também as terapias de reabilitação auditiva, que podem ajudar a melhorar a capacidade de compreensão da fala, mesmo em pessoas com perda auditiva irreversível. Apesar de personalizadas, as terapias de reabilitação auditiva costumam incluir treinamento auditivo, terapia da fala e terapia ocupacional, entre outras.
De novo, ressaltamos que o tratamento adequado depende da causa e do grau da perda auditiva. E somente uma avaliação auditiva completa permitirá que um profissional da saúde auditiva indique o tratamento mais adequado.
Conhecimento é a melhor prevenção
Como você pôde ver, a perda auditiva pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, afetando a comunicação, as relações sociais e até mesmo a segurança dos pacientes.
Por isso, é importante estar ciente de quais as doenças que podem ocasionar a perda auditiva e dos sinais a serem observados. Assim, você poderá buscar ajuda especializada o quanto antes.
Lembre-se de que muitas das patologias que ocasionam déficit auditivo podem ser prevenidas ou tratadas, especialmente se diagnosticadas precocemente.
Inclusive, se quiser continuar aprendendo sobre os riscos da perda auditiva e as opções de tratamento disponíveis, que tal conferir o nosso artigo sobre o que a perda auditiva pode causar?