Num país onde quase um quarto da população é composta por pessoas com algum tipo de deficiência, é fundamental entender o que é acessibilidade.
Quem divulgou o dado acima foi o Instituto Locomotiva, em um estudo que usou como base as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. A mesma pesquisa revelou que mais de 5% dos brasileiros possuem algum tipo de dificuldade auditiva. Isso daria quase 11 milhões de pessoas. Bastante gente, né?
Mas qual é o real conceito de acessibilidade? O que já é feito, hoje, para promover a inclusão de pessoas com algum grau de perda auditiva?
É o que vamos falar neste artigo. Acompanhe com a gente.
O que é acessibilidade?
Muito provavelmente, você já ouviu falar nesta palavra: acessibilidade. Mas qual é o verdadeiro conceito dela?
Bem, vamos ver a definição dada pela própria legislação brasileira, na Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015):
Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:
I – acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;
Podemos resumir a acessibilidade, então, como um conjunto de ações responsáveis por promover a inclusão de pessoas com deficiência, retirar as barreiras e garantir que elas tenham acesso – com segurança e autonomia – a tudo que alguém sem limitação teria: educação, trabalho, transporte, serviços públicos, comunicação, tecnologia…
Mas agora que explicamos o que é acessibilidade, que tal mostrarmos alguns exemplos práticos de ações que ajudam na inclusão de pessoas com deficiência auditiva?
O que é acessibilidade para deficientes auditivos: 4 exemplos
A Língua Brasileira de Sinais (Libras)
Em primeiro lugar, precisamos entender que nem todo deficiente auditivo é surdo e nem todo surdo usa a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para se comunicar.
Pela definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), um deficiente auditivo pode ser uma pessoa que teve apenas a capacidade de ouvir sons reduzida em um ou nos dois ouvidos, mas que ainda consegue se comunicar oralmente e escutar perfeitamente com o uso de um aparelho auditivo.
Já o surdo seria quem perdeu completamente a capacidade de ouvir. Mas ele pode ter nascido com essa incapacidade ou tê-la desenvolvido em qualquer outra fase da vida. Por isso, são vários os casos de pessoas que foram alfabetizadas com o português, se comunicavam oralmente e perderam a audição depois, sem saber Libras.
Aliás, também existem os surdos de nascença que não aprenderam a língua de sinais e utilizam outra maneira de comunicação.
De qualquer forma, a Língua Brasileira de Sinais continua sendo a mais usada por quem tem perda auditiva profunda e é, sem dúvida, uma das mais importantes aliadas da acessibilidade. Por outro lado, apesar de ser reconhecida por lei (Lei nº 10.436/2002), a Libras ainda tem baixo alcance no Brasil.
Máscaras inclusivas
Em tempos de pandemia, o uso das máscaras tem sido um importante meio de evitar a contaminação.
Entretanto, há muitas pessoas com perda auditiva que usam a leitura labial como forma de comunicação. Como as máscaras tradicionais tapam toda a boca, isso pode ser um sério problema para elas.
Para tentar contornar a situação e garantir a acessibilidade, foram desenvolvidas máscaras inclusivas.
E o que tem de especial nessas máscaras?
Elas possuem uma parte transparente na região que cobre a boca, protegendo da mesma forma, mas sem atrapalhar a leitura labial.
Inclusive, você viu o artigo que fizemos sobre elas? Clique aqui para ler!
Legendas descritivas
Os serviços de vídeos e filmes em streaming estão na moda. E como garantir que pessoas com perda auditiva possam assisti-los? Com as legendas descritivas, o famoso closed caption.
Ao contrário das legendas tradicionais que mostram apenas as falas das pessoas, as legendas descritivas (ou ocultas) também transcrevem outros sons que são fundamentais para a experiência de entretenimento dos deficientes auditivos, como as trilhas musicais e os efeitos sonoros do ambiente ( aplausos, gritos, sons de animais…).
Aliás, sabia que existe até uma norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que trata sobre acessibilidade na televisão? Se quiser conferir, clique aqui.
A importância dos aparelhos auditivos
Como vimos no tópico sobre Libras, uma pessoa com perda auditiva pode, sim – dependendo do grau dessa perda -, contornar a situação e voltar a escutar perfeitamente com o uso de um bom aparelho auditivo.
Hoje em dia, os aparelhos são bem mais discretos, eficazes e tecnológicos. Aqui na Binaural, por exemplo, trabalhamos com os aparelhos da Widex, os únicos no mundo a entregarem o som com zero atraso e pioneiros no uso da inteligência artificial, que faz o produto se adaptar automaticamente aos diferentes ambientes.
É perfeitamente possível manter a sua qualidade de vida usando um desses. Para conhecê-los, é só clicar aqui.
Ah, e se quiser saber como escolher o modelo ideal para cada caso, veja este outro artigo.
Acessibilidade e a Binaural
Neste artigo você entendeu o que é acessibilidade e por que é tão importante discutirmos esse assunto em um país com quase 11 milhões de pessoas com alguma dificuldade auditiva.
Felizmente, algumas ações como o ensino da Língua Brasileira de Sinais, o uso de máscaras inclusivas e das legendas descritivas estão contribuindo para que as barreiras da inclusão sejam, aos poucos, quebradas (embora ainda exista um longo caminho pela frente).
Além disso, os aparelhos auditivos – como os da Widex – estão cada vez mais discretos e tecnológicos, ajudando pessoas com perda auditiva a resgatarem a qualidade de vida.
Se você gostou deste conteúdo e quer saber mais sobre saúde auditiva, leia os outros artigos do blog da Binaural. Aproveite também para seguir a nossa página no Instagram e conhecer um pouco mais sobre a gente, clicando aqui!